terça-feira, 15 de março de 2011

Capítulo 8 - Derrota, Vingança, Derrota.

Qualquer adolescente sabe que essa é uma fase de desespero e chateação. Tudo incomoda, tudo é motivo de tristeza, risos, raiva etc. Além de existirem ''competições'', coisas banais provocadas por nós, como querer o namorado da rival, odiar alguém mais bonito que você, querer estragar a vida de pessoas que te incomodam só por existirem, entre outras coisas... Nunca foi meu forte fazer isso, sempre soube que era melhor que os outros, mas magoar alguém pra mim era demais.

Mas meu ponto fraco naquele colégio foi o ''Sr. Misterioso''. Em lugares pequenos acontecem grandes coisas, não demorou muito até todos saberem, inclusive algumas idiotas que estudavam na mesma sala que eu. O que elas tentaram? Tente adivinhar. Não me incomodei, não me importo com isso, por que me importaria? Poderiam ficar com ele pra elas, mas mexer comigo já era outra história. Como quando começaram com suas piadinhas bobas, me chamando de ''farelos'' e dizendo que eu jamais iria conseguir o que queria. Eu poderia entrar em depressão e até chamar isso de bullyng, mas meus queridos, se tem uma algo importante pra mim, isso é Deus. Nele eu confio, e por mais que possa ser ''pecado'' (algo em que eu não acredito), lembrei que existe algo dentro de mim que de certa forma me torna vingativa. Por mais bobo que pareça, a vingança me deixa livre e com a sensação de que mais uma vez eu estou por cima. E toda essa parte de ''vingança às inimigas'' vocês só irão descobrir nos próximos capítulos.

Agora vou contar-lhes a pior parte de tudo que se passou, o que seria pior que uma inimiga sua acabar com sua vida? Uma amiga, sim, seria e foi bem pior. Eu nunca pude sentir tal dor. Seria mais fácil ouvir um ''não'' vindo dele, do que ver ele com alguém que me apoiou nisso desde o começo. A questão não é por ela estar com ele, é por saber de tudo que eu passei e mesmo assim fazer isso tudo. Agora já não importa, as palavras, as desculpas ou qualquer outra coisa. Eu só preciso de uma segunda dose de vingança.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Capítulo 7 - just another day

E assim começa meu dia, na aula só tem crianças, ao meu ver...quando se pergunta "O que nos torna humanos?" ninguém sabe responder, eu sei "O humano tem consciência, mas mesmo assim é o único animal capaz de ser tão egoísta e ganancioso, usa sua "inteligência" para boicotar sua própria espécie" vi vários olhares me fuzilando, outros espantados, mas na minha opinião eu não mentia, o homem é ganancioso, egoísta, mata sua própria espécie por um pedaço de papel que julgam mais importante que uma vida, o tal "dinheiro" de certa forma é importante, mas não mais que a vida que muitas vezes é tirada por um maço de dinheiro, que eu saiba isso não nos faz melhores que qualquer outro animal, na verdade somos animais, impiedosos que matam suas próprias crias, seus "frutos" por motivos inexplicáveis, fúteis, tal feito não nos torna melhores, nem mais espertos, e sim brutos, o homem desde o principio é egoísta, sempre foi um bárbaro, que arranca a vida dos próprios companheiros pra beneficio dele mesmo, nunca soube entender o valor de uma vida, só quem perde sabe como vale, e a consciência? isso se chama consciência? Eu acho que não, talvez eu até esteja errada, mas isso não vai mudar minha opinião.

Olhei para os lados, e vi pessoas boquiabertas com que eu acabara de dizer, não me surpreendo de que tenham ficado ofendidos, por mais que apenas tenham ouvido a verdade, quantas vezes ao dia se vê em jornais notícias de pessoas que matam umas as outras, por dinheiro, por benefícios próprios como eu ja disse, então creio que eu não esteja mentindo, principalmente para mim mesma, pois foi no que eu sempre acreditei.

Bateu o sinal para o final da aula juntei meu material guardei na bolsa, coloquei-a no ombro e sai, talvez eu estivesse de TPM pelo meu humor alterado, mas tenho certeza que me sentia aliviada, havia decidido que iria almoçar fora, então peguei meu dinheiro e fui ao Subway, não estava fim de comidas pesadas, dei uma caminha após comer, e dei de cara com o único menino da turma que não me fuzilou com os olhos nem ficou de boca aberta, Jack era seu nome, ele era lindo, alem disso parecia não discordar da minha opinião sobre "O que nos torna humanos", ele veio em minha direção, apoiou-se numa das paredes, nos encaramos por um bom tempo, até eu desencadear um sorriso meio amarelo, ele sorriu mas foi bem menos amarelo que o meu.

Jack: Você tem um bom ponto de vista sobre a nossa "humanidade", concordo com você, somos seres impiedosos e egoístas.
Duda: hm que bom que pelo menos você entende a realidade, geralmente as pessoas me julgam como louca por pensar assim.
Jack: Somos todos loucos, todos, mas você é uma louca sincera e verdadeira.
Duda: Talvez eu seja apenas uma louca irônica, sarcástica e atrevida.
Jack: Bom, já que eu tenho muitas opções, que tal sentarmos e descobrirmos que tipo de louca você é?
Duda: Me parece formidável.

Eu e Jack conversamos por pelo menos 2hrs , realmente tinha-mos muito em comum desde gosto culinário a estilo musical, olhei no relógio e já estava tarde, me despedi de Jack e fui para casa, pensando no quanto éramos parecidos, cheguei em casa, fui para meu quarto, para minha surpresa meu computador não estava lá, segundo minha mãe ela avia entrado em uma promoção que havia recebido por e-mail...na verdade era um vírus, e o técnico tentava resolver o problema, senti subta vontade de bater palmas para minha mãe, mas não fiz isso afinal ela ingênua de mais, capaz de não entender tal irônia, assisti um pouco de tv, e acabei adormecendo.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Capítulo 6: Surpresas e mais surpresas

Acordei as 5:30. Esperava acordar mais tarde, mas houve um milagre milagrosamente milagroso. Mas enfim, fui pro banheiro fazer as necessidades diárias, escovi os dentes e entrei pro banho igual uma monga e esqueci que a água tava gelada. dorgas. Daí coloquei no quente, ai que delícia. -Q. Igual uma monga fui pra cozinha, comi um biscoitinho de maisena com leite quente com nescau, coloquei meu uniforme, passei protetor solar, me olhei no espelho e foda-se. Esse ano eu decidi pegar mais leve, coloquei uma corrente curta na minha calça jeans escura, um all star preto comum e uma mochila preta da Nike. peguei meu dinheiro e fui pro ponto do ônibus. Acredita que um poser me chamou de emo? É pedir pra morrer!Chegou o ônibus, fiz o sinal e subi. Bom, de lenga a lenga, cheguei no colégio felizinha pra reecontrar meus amigos. E chegou uma paulista com sotaque carregado de R e que é metaleira. Até que achei legal. Aí cheguei na sala, mesma coisa chata de sempre, mas tinha um aluno novo que olhava pra mim, ele estava com a camisa do Spliknot e eu estava olhando pra ele também. Não tive coragem de fazer dupla por causa da minha timidez(jura?) mas não consegui esquecer ele. No recreio, meu amigo metaleiro me apresentou pra menina paulista. O nome dela era Fernanda. É engraçado o fato dela puxar R, é tão diferente -Q. Bem, meu amigo comentou comigo que tava pensando em montar uma banda. Eu fiquei meio assim. No caso ainda tinhamos que decidir quem seria o vocalista. No caso, eu acho que não seria eu, mas me animei com a idéia. Pensamos em misturar letras punk com ritimo Heavy Metal, mas achamos loucura demais e ficamos com medo de errar. Mas ainda vamos ver. Terminou o recreio e fui pra aula e depois que acabou fui pro ponto de ônibus. O garoto com a camisa do Spliknot continuava me olhando. E eu meio que sorri pra ele. Que vergonha. E ele estava vindo em minha direção, ai meu Deus. E agora? OMG. E ele falou

- Oi
- Oi - sorri timidamente
- Tudo bem? - disse tímido
- Tudo e com você?
- Bem - ele riu - Qual seu nome?
- Renata e o seu?
- Gustavo. Você é da minha sala.
- É... E você curte Spliknot né
- Sim, sou fã já faz um tempo
- Eu curto um pouco, apesar deles me darem um pouco de medo, mas é emocionante as músicas são sexy e curto muito, sabe - OMG, como eu pude falar essa merda?
- Sério? Eu acho a mesma coisa!

O ônibus estava vindo e eu olhei rapidamente e disse

- Tenho que ir.
- Que pena, adorei te conhecer.
- Eu também, tchau
- Tchau.

Fiz o sinal e subi no ônibus. Eu não parava de sorrir feito uma bobinha. Cheguei em casa e deitei na cama olhando pro teto e fiquei pensando nele. Nossa, não faz nem um dia que eu conheço ele, como pode? Meu celular tocou e eu atendi

- Alô?
- Reh, Reh, Tem um novo integrante na nossa banda.
- Quem?


A ligação caiu. MERDA MERDA MERDA! Desci pra almoçar e depois entrei no PC e a Laura estava on *o*


Reh: Laaaaaaaaaaaaura çç
Laura: REEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEH *-*
Reh: Nossa, hoje eu conheci um garoto no meu colégio, ele é tão fofo e lindo
Laura: Vocês se falaram? Conta tudo!
Reh: Ah um pouco.

Nessa hora minha net cai. Cacete, tudo caindo hoje? Decidi ir dormir, tava cansada. Acabou meu dia.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Capítulo 5 - New Life

Para poucas explicações e uma pequena resolução, vou contar sobre o primeiro mês de aulas. Nada de tão emocionante ou anormal, só o de sempre, ser novata. E mais uma conclusão de que não importa onde esteja, eu dou as ordens e os outros as cumprem. No primeiro dia me senti um pouco afastada de todos, mas é a vida. A primeira semana passou como o vento da praia, rápida e perceptiva. Pude notar os detalhes de cada aluno, percebi também que a escola é pequena o suficiente para que espalhassem boatos, haja paciência. Enfim, conheci uma garota e pude me identificar bastante com ela, Micaela. Recebi conselhos das veteranas, achei pessoas estranhas, pessoas ridículas e pessoas inferiores à mim. Contudo, achei alguém diferente e que se destacou aos meus olhos, um garoto. Pele tão lisa e branquinha, olhos azuis, cabelos pretos, um sorriso encantador e um toque de mistério, com isso ele conseguiu me deixar paralisada e sem palavras. 

Laura: Quem é esse?
Carla: Nossa, já tá se apaixonando assim tão cedo? Eu não sei o nome dele... Ele é muito tímido, só fala com os amigos mesmo. - Carla era uma das veteranas que havia me ''acolhido''.
Laura: Hm.
Carla: Ei guri, ela quer falar contigo.
Laura: Hã? Mentira!
(    ?    ): Pode falar... - Disse o desconhecido com um sorriso irônico. Depois desta cena ridícula tive que ir embora. Ao chegar em casa procurei todos que havia visto no colégio em todas as redes sociais possíveis. Orkut, twitter, facebook, msn, enfim, eu estava mais perto do que longe do que eu realmente queria. Passaram-se mais ou menos 3 dias até todos da escola estarem me olhando de um jeito estranho. Seria bom saber o que se passava na mente daqueles idiotas.
Ariel: Laaaaaaaaaaaaaaura, você não sabe com quem falei ontem OMG. - Mais uma veterana estérica.
Laura: É, ainda não aprendi a ler mentes.
Ariel: Ah para de ser ignorante sua besta, quer ou não saber?
Laura: É, quero. - Eu disse completamente curiosa, por dentro.
Ariel: Ontem eu falei com aquele meninozinho que você achou bonito, ele disse que também te acha bonita e que vai falar com você.
Laura: Tudo bem, eu posso superar seu momento de infantilidade e talvez responda ele. Agora preciso ir, beijos. - Meu coração é mesmo cheio de rancor. Depois disso nada de tão emocionante aconteu, só fiquei com o garoto tão desconhecido na cabeça. Imaginando como seria estar com ele, falar com ele, enfim, isso nunca tinha acontecido, não desse jeito.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Capítulo 4 : Young Folks (Eduarda)

"...And we don't care about the young folks
Talkin' 'bout the young style
And we don't care about the old folks
Talkin' 'bout the old style too
And we don't care about their own faults
Talkin' 'bout our own style
All we care 'bout is talking
Talking, baby, you and me..."
6:20 , eu acordo para um novo dia , talvez não tão novo afinal vai ser como todos os outros : acordar, tomar banho , me arrumar , tomar café , e vazar. E mais , aguentar mais uma aula , minha salvação é que ter esperança de poder falar com Lau e com a Reh , talvez elas me animem , mas pensar que antes disso terei de aguentar um bando de adolescentes transbordando de hormônios , é mato né?
Eu pareço uma idosa falando , mas sinceramente não aguento! ninguém quer nada com nada , da um certo ódio , mas o que eu posso fazer , é o povo jovem.
Sai de casa sem dar tchau , e sem comer nada , por que pelo segundo dia vi que estava atrasada , resumindo : correr pra caramba!
Chegando lá encontro os portões fechados pro meu desgosto e pra melhorar Adam não estava na portaria pra me dar uma ajudinha .Decidi ir ao meu lugar preferido , "Starbucks" é um café que tem perto da escola , pouco movimentado , com musicas decentes , decentes que eu digo é o bom e velho rock , de todos os tipos dos mais calmos aos mais agitados , e meu bom café , quentinho e acolhedor , assim segui para o café , o dia não estava dos mais quentes , afinal aonde eu moro é serra , era um clima estável com um ventinho no rosto , deixei minha bolsa em casa , aproveitei que meus pais e meu irmão não estavam , peguei meu dinheiro e fui para lá.
Quando cheguei dei de cara com o ruivo que havia atropelado no outro dia , ele era lindo , cabelo avermelhado , pele branquinha , com algumas sardinhas que deixavam ele mais fofo ainda , voltando , passei por ele e fiz que não vi , sentei numa mesa afastada pedi meu café . Me surpreendi quando vi ele vindo em minha direção , carregava um cappucino em uma mão , e um livro de baixo do braço , não parecia ser algum tipo de romance , e sim um daqueles de contos . Pra não dar muita brecha olhei com cara de "pouca coisa".
????: Oi , garota que gosta de atropelar idiotas na esquina.
Duda: Oi idiota da esquina - não contive o sorriso irônico , e pelo o que eu vi ele também não se conteve - desculpe por ontem , eu estava com...pressa.
????: a , eu que deveria me desculpar pela minha falta de educação , mas meu dia estava cheio de problemas - nossa , até que enfim me pediu desculpas hmpf - bom , eu me mudei a pouco pra cá , meu nome é Brian , e qual é a sua graça?
Duda: Eduarda , Eduarda Borges Ferrazini ,hm interessante , e da onde você era? - disse dando o primeiro gole em meu café.
Brian: São Paulo, vim com o meu pai pra cá, na verdade eu mal vejo meu pai e...er não vou te incomodar com os meus problemas de família . Mas mudando de assunto, você sempre frequenta esses cafés?
Duda: Vivo aqui, é meu "ponto de paz" sabe? em casa tem toda a confusão de irmão, pai e mãe me chateando, prefiro ficar aqui, se pudesse moraria aqui- exagerei um pouco, se eu morasse aqui perderia toda a graça e seria um lugar comum - , ta admito que se eu morasse aqui perderia o sentido de "ponto de paz".
Quando eu terminei de falar meu telefone tocou, olhei e era a Thais.
Duda: Oi, fala. - eu não era a pessoa mais educada do mundo.
Thais: UIIII tacamacaca?
Duda: é que eu cheguei atrasada e o Adam não tava portaria pra abrir pra mim.
Thais: Eu ia te xingar agora mesmo por você não ter vindo na aula, mas tudo bem entendo. Afinal aonde você tá? pela musica percebo que não ta em casa né?
Duda: Starbucks - resumi tudo, ela sabia bem o que significava pra mim.
Thais: fica ai que eu te encontro no fim da aula menine, beijos
Duda: Beijos
O Brian teve de ir embora, e eu fiquei esperando a Thais chegar, ela chegou eu tomei mais um café com ela, ela foi pra minha casa nos conversamos e vimos filmes, depois meu pai levou ela pra casa, e eu entrei no msn, e fui falar com a Lau:

Laura: EDUUUUUARDA FERRAZINI SUA TOSCONA , POR QUE NÃO ENTRA MAIS NO MSN? @:
Duda: Oi pra você tambem Laura U.U, aulas e trabalhos e arrg resumindo V-I-D-A .
Laura: duuuda tu nem imagina, to gostando de um garoto LINDOMARAVILHOSO.
Duda: :o:OO:o mecoooonta
Laura:Ai não sei sabe, eu falei pra Re ela pediu se ele gostava de mim, e eu disse que talveez ele esteja apenas sendo legal...:T
Duda: LAAAAAAAU SUA SUA AAAAARG , vai descobrir AGORAAAA, seja confiante , ele ta gostando de vc U.U
Laura: PPPPPPF ta bom duda ta bom --'
Duda: ARG ta tarde vou ter que ir dormir i-i , beijos laux até amanhã
Laura: Beijo dud's DD;

Fui dormir afinal teria aula no dia seguinte e não poderia me atrasar de novo se não eu me matava.

Capítulo 3: Começando a viver (Renata)


Olá, meu nome é Renata Arantes e tenho 16 anos. Moro com meu pai. Minha mãe, não sei. Sumiu, desapareceu, me abandonou literalmente. Meu pai sempre foi um amor em pessoa até quando eu fiz 15 anos. A partir daí começou a marcação. Por quê? Ah que pergunta, porque eu comecei a ouvir rock. Eu sou indecisa, gosto de punk e de heavy metal. Minha aparência não é de lá muito rockeira que vive fazendo sinalzinho de mão chifrada. Mas eu sou do estilo discreta. Ok, isso não importa. Mas eu converso diariamente com Laura e Eduarda. As únicas que se importam realmente comigo, que me dão conselhos, que choram junto comigo e que me aceitam do jeito que eu sou. Eu tento ser social mas quando chego em casa é a maior depressão e daí começo a ouvir músicas de Green Day que de algum modo me revoltam e me animam.

Going to the mall

- REEEEEEEEEEEEH! - já era Jéssica buzinando e fazendo maior escandalo com aquela voz fina e alta
- Já estou indo, pera - falei me arrumando com pressa

Jéssica me convidou pra ir no Plazza, mas eu disse que não e daí ela disse que iria me buscar do mesmo jeito. E foi! Sim, ela é doida...
Desci as escadas, cheguei na sala, dei um breve tchau pro meu pai e fui até o carro dela. Entrando ela logo pergunta:

- Por que demorou tanto?

- Porque eu tava pensando na morte da bezerra. Claro que é porque eu não queria ir, dãr - sim, sou meio grossa

- Calma, você precisa relaxar. E tem que tirar essa neura de que tá gorda, coisa mais sem noção.

Apenas olhei com um olhar 43 e ela riu e assim continuamos em silêncio. Chegamos no Plazza. Estava vestindo uma blusa justa preta de mangas com uma calça jeans com um all star branco. Na maquiagem, apenas delineador.

Fomos na C&A, ela como é perfeita, todas as roupas serviam. Eu sou um bagulho gordo. E ela perguntava

- O que achou?

- Lindo. - com a maior cara de tédio do mundo

- Legal, você não gosta de sair, não gosta de comprar, o que quer fazer então?

- Comer, engordar, enlouquecer, vomitar.

- Engraçadinha, vamos no cinema, aí vamos ver um filme e comeremos pipoca com Coca light.

- A-M-E-I! - eu era meio patricinha as vezes, mas era só de sacanagem.

Enfim, vimos o filme, nem lembro o nome, enfim, foda-se e quando cheguei em casa, abri o portão, cheguei na sala, meu pai tava dormindo com a mão imagina aonde e eu apenas disse "CHEGUEI!" e foi o suficiente para ele acordar.

- Demorou filha. - Esfregando os olhos

- Fui apenas fazer compras mas a Jéssica me puxou pro cinema e já viu né

- São que horas?

- 19:30. Vamos jantar?

- Não estou com fome, se quiser se vira na cozinha.

- Obrigada - ironizei.

Mas que se foda, subi pro meu quarto, nem Laura nem Eduarda estavam on e fui ver Tele Cine Pipoca e daí fui dormir. Ótimo domingo. Mentira.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Capítulo 2 - Fugir de Si (Laura)


Olá, meu nome é Laura Fernandes, tenho 14 anos e moro com meus pais, meus dois irmãos e meu tio. Bem, preferia viver em Marte à viver até os 18 nessa casa. Minhas férias vêm sendo bem mais difíceis que os monótonos dias de aula com aquelas pessoas de baixo nível. Perdoe-me se o que eu disse pareceu injusto, mas se você estivesse no meu lugar não suportaria nem um simples dia. Minha vida é agitada, saio com quem quero, pra onde quero, às vezes até sozinha já que certas companhias não me agradam muito. Aliás, as únicas pessoas com quem eu gostaria de estar à qualquer momento seriam Renata e Eduarda. Mas isso seria meio que impossível, já que quilômetros de distância separam agente. Elas são as únicas que de nenhuma forma me definem como ''patricinha'', ''metida'' ou ''chata''. Mas vou confessar que nem elas mesmas me entendem, na real, nem eu me entendo. Pra mim é um pouco difícil conseguir amigos de verdade, eu sou muito complexa e isso irrita as pessoas, são nesses momentos que eu gostaria de fugir. Fugir pra bem longe da tristeza, da solidão, e principalmente do amor. É como se eu tivesse o mundo inteiro em minhas mãos e só as pessoas pelas quais eu me apaixonasse estivessem fora dele. 
Agora vou confessar pra vocês que estou perdidamente apaixonada, mais um amor platônico e que nunca será resolvido. Eu não vou ter coragem de dizer à ele que o amo, então nunca vou saber se ele também me ama, nunca terei uma resposta e isso é o que mais me atormenta.

A Conversation Between Friends

Laura: Renata, acho que eu tô gostando de um guri.-Tentei dizer quase tremendo apenas pelo msn.
Renata: Morri. Quem é? Onde mora? Eu conheço?-Claro, a Renata sempre precisa de toda essa euforia quando sabe de alguma novidade.
Laura: Não, tipo, ok, já faz um tempo isso. 
Renata: E ele gosta de você?
Laura: Não sei, às vezes penso que ele pode estar só sendo legal...
Renata: Calma, talvez ele goste realmente, acho que você tem que colocar algo em prática, sei lá, tenta conquistar ele. 

Até que por um momento eu parei de pensar em toda nossa conversa e lembrei daquele rosto, simples e tão natural que me dava um frio na barriga, e mais uma vez me pego a sofrer por uma única coisa que nunca será minha. Mais o resto, ah, só descobriremos no futuro, agora me sinto mais ansiosa que as próprias leitoras.